Imaginação e memória


Nem Lenny Kravitz ficou de fora da beleza cinematográfica explícita no delicado e profundo O ESCAFANDRO E A BORBOLETA. A narrativa que começa colocando o espectador a ver o mundo sob a ótica do único olho que está "vivo" no corpo paralizado do editor da revista Elle é, no mínimo, ousada. Incômoda no primeiro momento, vai se revelando necessária para entender os dramas daquele homem de 43 anos, cheio de vida e sonhos, que após um acidente fica imóvel. Suas lembranças, suas semi-certezas e seus arrependimentos enchem de vida a narrativa que envolve família, amigos e amores.. com intensidade e profundo olhar humano. De Mathieu Amairc a Max Von Sydow, o filme conta uma história real, que tem final... a felicidade dele depende do ponto de vista do espectador.. Vai lá e confere... e o cara dá muitas dicas de vida: "Só minha imaginação e minha memória podem me tirar do escafandro em que estou vivendo"...

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoro os franceses, mas dessa vez me surpreenderam com a profundidade da narrativa. Um filme que faz pensar, repensar e é preciso mais ou menos 1 semana para ser digerido.
Imagine vc nesse mundo globalizado e altamente midiático-só poder se comunicar por 1 olho, não são os 2,é apenas 1....e além disso um filme carregado de grandes lições realmente, sobre: o amor, a vida, a paternidade, as limitações, a criatividade, a imaginação, a força de vontade,a esperança, a superficialidade, os verdadeiros valores, etc e tal....

Marcos Santuario disse...

Isso só mostra que um filme destes é feito para pessoas com a sensibilidade à mostra... inteligentes e dispostas a buscar verdades mais profundas... longe da superficial vivência hiper-veloz-midiática-pós-moderna...