Diretor sensível, ator selvagem e atriz intensa


A cerimônia televisiva da entrega dos prêmios do festival de gramado tem a pontualidade garantida. Na noite do ultimo sábado, O Festival de Cinema de Gramado consagrou o filme do diretor Murilo Salles, Nome Próprio, como o melhor longa brasileiro apresentado nesta 36ª edição do evento. O olhar sobre o universo contemporâneo do feminino em tempos de relações virtuais e conflitos reais, apresentado sensivelmente por Salles, deu a madura interpretação de Leandra Leal para a personagem Camila o prémio de Melhor Atriz e a Pedro Paulo de Souza o de Direção de Arte. Como acontece em vários festivais, neste caso, o melhor filme não teve o melhor diretor, já que o Kikito da categoria foi para o veterano Domingos Oliveira pelo filme Juventude. O retrato das memorias de vida dos homens entre os 60 e 70 anos construído na narrativa de Juventude também levou o premio de melhor roteiro e o kikito de melhor montagem, de Natara Ney, também foi para o filme de Oliveira. Outro premio intenso recebido por Juventude foi o de Qualidade Artística, para os atores Aderbal Freire Filho, Domingos Oliveira, e Paulo Jose, que criaram uma atmosfera de grandes interpretações no filme de Oliveira. Ja o surpreendente, provocador e ousado primeiro trabalho de direcao de Matheus Nachtergaele em A Festa da Menina Morta saiu de Gramado com os prêmios de Melhor Fotografia, Prêmio Especial do Júri, Melhor Música: Prêmio da Crítica: Melhor filme do Júri Popular. Também não foi surpresa o Kikito de Melhor Ator dado a Daniel de Oliveira, que vive de forma intensa e visceral o papel do Santinho no filme de Nachtergaele.

2 comentários:

Misael disse...

Leandra merece mesmo. Sou apaixonado por ela desde A Muralha. O Daniel também não foi surpresa. Aliás, a edição do Tri, já previa A festa da menina morta como grande campeão(mesmo não levando o de melhor filme, mas dá pra entender).

Graças a Deus, Vingança não levou nada. Ia me sentir muito mal se isso acontecesse...

Marcos Santuario disse...

a gente aprende nestas coberturas jornalisticas que nada é totalmente certo... a não ser a música do Geraldo Flach...