Morre o político... renasce o artista

A baixa temperatura da noite de sábado foi o ingrediente especial na salada musical que o compositor/músico/ex-ministro/falador/e arteiro Gilberto Gil mostrou em performance no Teatro do Sesi, quase lotado. Em empolgantes duas horas de apresentação, Gil destilou sua sonoridade sempre contemporânea no show que lança seu álbum mais recente, “Banda Larga Cordel”, consolidando ainda mais sua sintonia com as possibilidades artísticas das tecnologias sempre renovadas. Um público eclético em idade e em efusividade participou até o final do show, iniciado sonoro com a nova “Banda Larga Cordel” e finalizado dançante, ao som da eterna “Toda Menina Baiana”.

Na “geleia geral sonora” foi noite de viagem musical por épocas e ritmos da música brasileira. Do forró ao rock, do reggae às baladas, Gil se divertiu em cena. Celebrou muito com o público e lembrou que estava em Porto Alegre em dois dias marcantes: das mortes de Bob Marley e de Ayrton Senna. Mas sábado não foi dia de morte. Ou melhor, foi sim. Foi dia de morte de um político verborrágico e o renascimento, no palco, de um artista reflexivo que sabe dividir sua introspecção criativa com um público que sim, o entende. E aplaude!

1 comentários:

Ariela Dedigo disse...

Ainda bem que prevaleceu o Gil artista! E aqueles que ainda não conhecem o o Banda Larga Cordel e/ou não foram ao show o álbum pode ser ouvido na íntegra no site dele. Vale mesmo a pena! :o) Bjs