Nobel e vivo


Depois de ser premiado com o Nobel de Literatura, na semana passada, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, defendeu a democracia, a literatura criativa e a liberalização e descriminalização das drogas, hoje em Porto Alegre, no Brasil. Llosa falou no Fronteiras do Pensamento sobre Cultura em sua expressão mais ampla. "Vivemos a sociedade que mostra solidariedade, como no caso dos mineiros do Chile e que por vezes aplaude o banal e o trivial", resumiu. Sobre a democracia, Llosa acredita que, no caso da América Latina, houve um progresso em relação ao seu passado. "Quando eu era jovem eu só via ditaduras por todos os lados no continente", afirmou, ressaltando o caso argentino. Segundo ele, "um país que, se seguisse seu rumo de crescimento e desenvolvimento, seria hoje um dos mais importantes do mundo". Sobre o Nobel, Llosa disse que o fato de ter sido premiado não muda sua forma de escrever ou seus anseios como literato. Perguntado sobre o que fará com o dinheiro do prêmio (um milhão de euros ), o escritor desconversou: "tem que perguntar para a minha esposa, Patrícia, ela é quem administra esse lado. Só espero que me dê algum dinheiro para comprar uns livrinhos", brincou. Ao tratar das eleições no Brasil, o Nobel espera que o país vote com inteligência, "mantendo seu processo de desenvolvimento e corrigindo o que não está bem". A palestra no Fronteiras foi totalmente lida. Nada improvisada, mas com algumas concessões literárias de causar risos. A foto no blog é da Tarsila Pereira

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