Tempo urge


Russel Crowe é o pilar da dramaticidade que vai envolvendo o espectador em "72 Horas" refilmagem de uma recente produção francesa "Pour Elle", de Fred Cavayé. Tanto no original, quanto na refilmagem, o professor universitário John Brennan (vivido por Crowe) levava uma vida perfeita até sua esposa, Lara (Elizabeth Banks), ser presa acusada de um crime brutal, que ela alega não ter cometido. O tempo vai passando e somos convidados a embarcar numa jornada que não revela, de imediato, se estamos diante de uma culpada. O filme traz propõe algumas discussões sobre culpa, confiança, determinação e amor.


Quando o personagem e Crowe embarca na missão de livrar a esposa das condenações por meio da Justiça, o próprio sistema judiciário vira foco temático. Após três anos de vários recursos negados pela justiça, John percebe que só há uma saída: elaborar um plano de fuga preciso para tirá-la da prisão. Agora, ele e Lara terão apenas 72 horas para fugir. Em uma corrida contra tempo, John irá provar que não há nada mais perigoso do que um homem com tudo a perder. A elaboração do plano de fuga é uma história a parte, mas que, na refilmagem feita pelo diretor Paul Higgins acaba pendendo para obviedades, com poucos momentos de surpresa.

Não espere ficar só na dramaticidade inicial. A produção tem momentos de evolução narrativa. Pitada de suspense e toques de thriller policial. Diversão para não ficar muito tempo na memória. A temporalidade decrescente e as emoções que vão no sentido contrário valem a pena, como valeram na trama francesa com Diane Krueger e Vincent Lindon.

0 comentários: