Ação e memória



Uma mescla de Jason Bourne (o agente sem memória vivido por Matt Damon na trilogia de sucesso “Identidade, Supremacia e Ultimato”) com pitadas de drama de política e economia global são as marcas de “Desconhecido”, que ganhou os cinemas brasileiros. O filme trabalha com uma premissa intensa e profunda. “Quem ou o que determina quem somos? São os nossos amigos... nossas memórias... nossas origens... um pedaço de papel? Onde está a prova?”. O filme quer explorar a jornada do Dr. Harris, interpretado por Liam Neeson, e de sua esposa loira, sensual e frígida, vivida por January Jones. Ele acorda, quatro dias depois de sofrer um acidente de carro em Berlim, para onde vai com a esposa. A partir daí ele tem que provar que é quem pensa que é. Enquanto corre pelas frias ruas de Berlim tentando retomar o controle de sua vida, Neeson, tenta escapar de uma trama de morte que segue seu rastro. Embora não tenha ideia do porquê.

Dirigido por Jaume Collet-Serra, um realizador espanhol, de 36 anos, que já foi o responsável por filmes como “A Órfã” (2009), “Gol 2: Vivendo o Sonho” (2007) e “A Casa de Cera” (2005), o filme tem roteiro feito a quatro mãos, é uma obra de Oliver Butcher e Stephen Cornwell e está baseado no romance do francês Didier van Cauwelaert. Collet-Serra já revelou que seus filmes favoritos são aqueles suspenses hitchcockianos que têm uma atmosfera misteriosa. Isso desejou fazer com seu novo filme. Em alguns momentos de “Desconhecido” a trama pode surpreender, mas em geral acaba remetendo a produções já vistas e a sensações já tidas. E, mesmo que a surpresa não seja enorme, a resolução pode agradar. Ainda no elenco, destaque para Diane Krueger, Aidan Quinn, Bruno Ganz e Frank Langella. E Berlim, a cidade das filmagens, é coadjuvante de luxo na trama. Sem grandes compromissos.

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